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Festival de vinho e música do Douro revela primeiros nomes para 2021

A segunda edição do Festival Wine & Music Valley vai realizar-se a 10 e 11 de setembro de 2021, no Alto Douro Vinhateiro, e já tem quatro nomes nacionais confirmados: João Pedro Pais, Ana Moura, Pedro Abrunhosa e Expensive Soul. A revelação dos nomes internacionais fica para mais tarde.

Festival de vinho e música do Douro revela primeiros nomes para 2021

A “edição zero” do festival, como Manuel Osório, um dos organizadores, gosta de lhe chamar, ocorreu há um ano, com o ex-Roxy Music, Bryan Ferry, como cabeça de cartaz. Nos dois dias tocaram 17 bandas nos palcos instalados no porto comercial de Cambres, em Lamego, junto ao rio Douro, mesmo à frente da cidade de Peso da Régua.

Cerca de 17.500 pessoas passaram pelo recinto. Num evento em que a única bebida alcoólica disponível é o vinho do Douro, participaram 86 produtores, que venderam 10 mil litros em 28 mil copos. De tudo foram geradas 465 notícias nos órgãos de comunicação social.

Os números foram avançados pela organização, esta sexta-feira, durante uma cerimónia, na Quinta da Pacheca, em Lamego, que serviu para levantar o véu sobre o cartaz do próximo ano, já que o deste ano foi abortado pela pandemia de covid-19.

Um sonho concretizado

O Wine & Music Valley era um “sonho” que os sócios Manuel Osório e Edgar Gouveia andavam a acalentar “há um bom par de anos”. Aos dois juntou-se também Pedro Ribeiro e todos conseguiram rodear-se de parceiros para concretizar “o evento mais mediático a que o Douro já assistiu”, notou Osório.

Esta sexta-feira, lançaram os nomes de João Pedro Pais, Ana Moura, Pedro Abrunhosa e Expensive Soul, numa cerimónia em que o primeiro deles participou e durante a qual cantou alguns dos seus sucessos, entre os quais “Não há”, “Santo Domingo” e “Mentira”. “Em breve serão lançados mais nomes nacionais e, pelo menos, dois internacionais”, prometeu Manuel Osório.

Este elemento da organização disse que em 2021 podem vir a participar mais de 100 produtores de vinho no festival. O presidente da Câmara Municipal de Lamego, Ângelo Moura, sublinhou que esta iniciativa “pode constituir uma alavanca para os vinhos da região”, cujo valor em vendas, acrescentou o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Gilberto Igrejas, é de “570 milhões de euros”.

Gilberto Igrejas congratulou ainda a organização pela escolha do dia 10 de setembro de 2021 para primeiro dia do festival. Não só porque habitualmente comemora-se nesse dia o “Dia do Vinho do Porto”, mas também porque a Região Demarcada do Douro comemorará no próximo ano o 265º aniversário.

Esperança no futuro

O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, quis celebrar, esta sexta-feira, a “coragem de se fazer um evento que permite vender apenas vinhos, longe das principais portas de entrada do país e já no fim do verão”. Também entendeu homenagear a “resiliência de quem não quer desistir no ano mais difícil de sempre para o turismo” e, ainda, a “esperança no futuro”. Luís Pedro Martins acredita que “a Páscoa de 2021 será o momento de viragem”, mas, até lá, “vai ser preciso resistir”.

Daí que o responsável do turismo no Norte do país tenha já reivindicado uma “discriminação positiva para o setor que representa 15% do Produto Interno Bruto de Portugal e que lhe dá mais visibilidade externa”. Por isso, referindo-se ao festival, afirmou que “é preciso continuar a ter aquela que foi, provavelmente, a melhor ação de promoção do Douro em 2019”.

“A esperança nunca deixou de existir”, salientou, por seu lado, João Pedro Pais, que admitiu que no início da pandemia, sendo ele um “otimista”, pensou que o problema “seria efémero”, que “acabaria em abril ou maio” deste ano e que neste verão “todos poderiam estar a tocar”.

Enganou-se: “Saiu-me o tiro pela culatra”. Agora só espera que as coisas melhorem rapidamente, porque “as pessoas estão sedentas de música e de ouvirem os artistas [ao vivo]. Uma coisa é ouvir na rádio ou na televisão, outra é sentir a pulsação, a cumplicidade, a cadência…”

João Pedro Pais aduziu que “será esquisito” se em 2021 “ainda não tivermos tirado a máscara”. Caso contrário, questionou, “como é que eu vos vou ver a trautear as canções com uma máscara posta?” Tem esperança que no Festival Wine & Music Valley do próximo ano já “ninguém precise de a ter na cara”.

“Pensamos que 2021 será o ano da grande afirmação deste festival”, concluiu Manuel Osório, lembrando que a gastronomia regional estará novamente representada, pela mão de chefs de cozinha, alguns deles com estrela Michelin.

Até lá, João Pedro Pais, que completa 49 anos de vida este domingo, ainda vai decidir se lançará um novo álbum no ano em que perfaz meio século. “Pensei nisso, fazia todo o sentido, com boas canções, mas vai depender muito do mercado e do que estiver a acontecer no panorama musical português”. Na sua opinião, “só quando a pandemia desaparecer é que se vai ver o mercado”.

Fonte: www.jn.pt

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