Ponte entre Lamego e Peso da Régua está em risco de ruir? – Polígrafo
“Peço que partilhem o máximo possível para que isto chegue às autoridades competentes antes que aconteça uma tragédia”. É assim que se inicia uma publicação de janeiro de 2019 – a qual voltou entretanto a ser partilhada nas redes sociais – sobre o aparente estado de degradação da ponte que liga os concelhos de Lamego e Peso da Régua.
“Infelizmente neste país só quando acontece uma desgraça é que prestam atenção e resolvem o assunto”, conclui-se no texto, que conta já com mais de 120 mil partilhas.
Confirma-se a veracidade desta informação?
Em janeiro de 2019, altura em que a publicação começou a circular nas redes sociais, a Câmara Municipal de Peso da Régua já tinha alertado a Infraestruturas de Portugal [IP] para o “estado de degradação da ponte rodoviária, nomeadamente nas zonas de tabuleiro e pilares de vedação, considerando que as mesmas poderão pôr em causa, tanto a circulação pedonal como a circulação automóvel”.
De acordo com a Agência Lusa, a IP assegurou então “ter conhecimento da situação” e explicou que “os danos existentes são superficiais e resultam, na sua maioria, de embates por parte de veículos pesados”. Sublinhou-se também que não foram identificados danos estruturais “razão pela qual não foram implementados condicionamentos de tráfego”. Ou seja, a travessia sobre o Douro era garantida como segura.
Poucos dias depois, a IP informou que já havia sido “executada uma intervenção de reparação do guarda-corpos e passeio, que se encontravam danificados devido ao embate e galgamento de um veículo”, voltando a frisar que “nas inspeções efetuadas não foram identificados danos estruturais, sendo por isso segura a utilização desta travessia rodoviária”.
Em suma, a publicação em causa está a difundir uma falsidade. Além de a ponte não estar sob risco de colapso, a Infraestruturas de Portugal executou uma “intervenção de reparação”, no início deste ano.
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
FALSO
Fonte: www.poligrafo.sapo.pt