Investigadores partilham em Lamego saberes ligados à máscara
Etnólogos, investigadores, académicos de instituições de ensino superior e eruditos de festividades ligadas ao ritual da máscara de Portugal e Espanha estiveram reunidos este sábado em Lamego para partilhar experiências e conhecimentos sobre diversas áreas. Organizadas pelo Município de Lamego, as I Jornadas do Centro Interpretativo da Máscara Ibérica (CIMI) foram consideradas um êxito, numa altura em que esta autarquia já iniciou o processo de candidatura da máscara de Lazarim a Património Mundial da UNESCO, para que esta “tradição ancestral e identitária” seja preservada para as gerações vindouras.
O Presidente Ângelo Moura, sublinha que esta máscara – talhada em madeira de amieiro por artesãos – e o seu Entrudo são “um elemento vivo” da milenar história do concelho de Lamego. “Enquanto arte ancestral de saber fazer e com práticas, expressões, ritos e símbolos identitários transmitidos de geração em geração, tem os atributos necessários para integrar a lista do património cultural imaterial”, defende.
Dedicadas à temática “Norma e Inversão nas festas e Rituais com Máscara…”, estas jornadas também recordaram a “Resistência dos caretos de Lazarim no tempo da Ditadura”, numa conversa com a comunidade desta típica freguesia do concelho de Lamego. O encerramento foi vivido em festa, tendo sido possível admirar os artesãos a trabalhar ao vivo e assistir às encenações dos caretos e do grupo “Teatro Aldeia Verde”, bem como saborear o tradicional caldo de farinha.
Fonte: www.cm-lamego.pt