“Façamos da Quaresma tempo de diferença, e não de indiferença”, pede Bispo de Lamego
D. António Couto destina a renúncia quaresmal deste ano a duas comunidades africanas, uma em Cabo Verde e outra em Moçambique.
O bispo de Lamego divulgou a sua mensagem para a Quaresma de 2019, que começa esta Quarta-feira de Cinzas.
No texto, publicado no site da diocese, D. António Couto convida à generosidade neste tempo de sacrifícios.
“Aí está então o tempo favorável da Quaresma, que nos convida também a fazer um exercício de generosidade, com a máxima amplitude, de tal modo que também a bela e generosa criação que nos cerca se sinta amada, resgatada e livre. Para tanto, é necessário percebermos que em há em nós (muito mais do que nos nossos campos, montes, vales e colinas), muito mato, silvas, pesticidas e lixeiras a céu aberto, raivas, ódios, invejas, violências, mentiras e ciúmes. É urgente, e este é o tempo para isso propício, de levarmos a cabo uma verdadeira operação de limpeza nas avenidas que saem do nosso coração.”
O bispo pede que este seja um tempo de diferença e não de indiferença. “Avivemos as brasas do nosso coração e dilatemos as suas cordas até às periferias do mundo, e que o nosso olhar seja de Graça para os nossos irmãos de perto e de longe, e para toda a criação de Deus. Façamos um exercício de verdade, varrendo da nossa casa, do nosso rosto, das nossas mãos, do nosso coração, o lixo que nos desfigura, e preparemo-nos e embelezemo-nos para sabermos receber, com renovada alegria, a visita do nosso Deus.”
Este ano, segundo D. António Couto, a renúncia quaresmal será destinada a duas paróquias africanas “a quem falta quase tudo, e que solicitaram o nosso apoio: a paróquia-missão de Santa Maria, na ilha do Sal, em Cabo Verde, em que trabalham as Irmãs Filhas do Sagrado Coração de Jesus, e a paróquia-missão de Maria Auxiliadora, de Pemba, em Moçambique, em que trabalham os Missionários da Boa Nova.”
“Estas duas comunidades, o bálsamo da nossa Caridade pode acudir um pouco às crianças abandonadas, à saúde materno-infantil, centros de formação, escolinhas, medicamentos para a lepra, HIV, etc., tantas e tais são as necessidades”, diz.
Fonte: www.rr.sapo.pt