Familiares das vítimas da tragédia em Lamego tentam retomar vidas
Viúvas, sobreviventes, voltaram ao trabalho numa fábrica de laticínios do concelho.
Quatro meses e meio após a explosão na pirotecnia de Egas Sequeira, em Avões, Lamego – que matou o dono da fábrica e sete funcionários -, as viúvas e as sete crianças que ficaram órfãs recebem apoio de várias entidades e tentam reerguer-se da tragédia. “São pessoas de coragem e só tentam refazer as suas vidas, dentro do possível”, disse Macário Rebelo, autarca de Avões. Contactados pelo CM, os familiares das vítimas mortais preferem manter-se em silêncio.
Mónica Mendes, viúva de David Mendes, e Vera Pinto, viúva de Samuel Pinto, estão a trabalhar numa fábrica de laticínios. Celeste Sequeira – que perdeu o marido na empresa que aquele geria, bem como uma filha, três genros e uma sobrinha, nas explosões de 4 de abril – mantém- -se em casa, a cuidar dos netos, ainda muito abalada.
Além das várias iniciativas solidárias realizadas após a tragédia, as famílias recebem apoio da Fundação Benfica – que atribui 125 euros por mês, até ao final do ano, a cada criança que perdeu pelo menos um dos pais. Os menores têm direito a frequentar atividades de tempos livres durante as férias de verão. A Associação de Pais do Jardim de Infância de Avões continua a recolher donativos através de mealheiros colocados em vários estabelecimentos de Lamego.
A investigação às explosões, que fizeram a terra tremer em Lamego e provocaram oito vítimas mortais, prossegue. A fábrica onde aconteceu a tragédia já não tem presença da GNR e permanece intacta.
Fonte: http://www.cmjornal.pt