O PCP está preocupado com os alegados “graves problemas humanos e orçamentais” do Hospital de Proximidade de Lamego, e considera como mais urgente a resolução da falta de anestesistas.
“Existiam até agora duas anestesistas, já de si manifestamente insuficientes, que se encontram ausentes por motivo de doença”, refere a concelhia do PCP de Lamego, em comunicado.
Segundo o PCP de lamego, “a situação tornou-se muito complicada, quase insustentável, só havendo intervenções dia sim, dia não”.
“Com esta situação, as listas de espera estão a aumentar em flecha, prejudicando os utentes e a eficácia do próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS) que, ao fim de seis meses, tem de transferir para as clínicas e hospitais privados os doentes em lista de espera”, comenta.
Neste contexto, o PCP afirma existirem três anestesistas que querem trabalhar em Lamego, tendo os processos já sido “solicitados ao ministério há algum tempo, mesmo antes da situação atual”, mas sem resposta.
Segundo a Lusa, fonte do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) E.P.E admitiu que, “à semelhança de outras unidades hospitalares, existe efetivamente escassez da especialidade de anestesistas”.
“A administração do CHTMAD E.P.E está a desenvolver todos os esforços para que sejam minimizados os eventuais impactos menos positivos desta carência de recursos humanos na área da anestesiologia e sabe do empenho da atual tutela para inverter esta situação”, acrescentou.
Segundo o PCP, “pelo facto de a dotação orçamental deste ano do CHTMAD continuar a ser muito baixa, a administração parece que passa os dias a correr para o ministério, alertando que a verba é claramente insuficiente para manter os serviços em funcionamento”.
“Embora ainda não haja faltas de materiais e os equipamentos estejam a funcionar, tal não será possível dentro em breve se não houver reforço de verbas para o CHTMAD”, alerta.
O PCP refere que, além da situação da falta de anestesistas, há também problemas nas urgências, como “a falta de respostas”, que “obrigam a deslocações evitáveis do ponto de vista médico para o hospital de Vila Real, que são incómodas para os utentes e caras para o SNS”.
“O CHTMAD é o que serve a maior área geográfica e tem características próprias difíceis, dadas as distâncias, a orografia da região e as condições de atmosféricas, para além do isolamento de pequenas comunidades em desaparecimento”, lembra, defendendo que o Ministério da Saúde deve “ter em consideração todos estes fatores para a afetação das verbas suficientes para as respostas necessárias”.
Por estar preocupado “com a falta de anestesistas e com a iminência de rutura financeira que pode pôr em causa o cabal funcionamento do CHTMAD”, a concelhia do PCP pediu ao seu grupo parlamentar que questione o ministro da Saúde sobre estes problemas e “exija respostas atempadas que evitem constrangimentos nos serviços que ponham em causa a plena prestação de cuidados médicos à população”.
Fonte: www.jornaldocentro.pt
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