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Estacionamento pago em Lamego adiado

Seis meses depois de ter sido chumbado o concurso para a concessão e exploração pelo sistema de parcómetros dos lugares de estacionamento na via pública da cidade de Lamego, o executivo municipal ainda não apresentou outra proposta.

O presidente da Câmara, Francisco Lopes, tem alegado junto dos vereadores da oposição, que chumbaram a proposta em dezembro de 2015, que a deliberação não fala em anular o concurso e que por isso não o pode fazer. Na verdade a deliberação transitada para a ata refere que por maioria de quatro votos contra três foi decido “não aprovar o relatório de análise das propostas”.

Os vereadores da oposição que estranham não ter sido lançado outro concurso dizem que o presidente está a usar mais um “malabarismo” porque nas declarações de voto que fizeram ficou bem claro que a decisão era a anulação do concurso. A declaração de voto de Jorge Osório do PSD, a quem o presidente retirou os pelouros e a confiança política, termina referindo que “a ‘reprovação’ desta proposta de adjudicação deverá ter como consequência a anulação do presente concurso”.

Manuel Ferreira do PS chegou mesmo a defender a realização de um referendo “atendendo que a concessão do estacionamento na cidade a uma entidade privada é um tema controverso e complexo”.

Município queria aumentar cinco vezes os lugares pagos 

Um dos temas controversos na proposta do presidente da Câmara Municipal de Lamego era o aumento de 332 para 1.530 os lugares de estacionamento pago na cidade. Entre outras razões os vereadores que chumbaram a proposta para além de defenderem que a gestão do estacionamento público deve continuar sobre a alçada do município, como acontece agora, consideraram “exagerado” o aumento do número de lugares pagos.

Inconformado com a decisão dos vereadores, o presidente da Câmara, Francisco Lopes, lembrou que a concessão a privados da gestão do estacionamento nas cidades “é praticada amplamente por governos e municípios de diferentes orientações políticas e ideológicas”, considerando uma decisão de boa gestão que visa assegurar “a qualidade do serviço prestado aos cidadãos”.

Fonte: www.jornaldocentro.pt

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