Há risco de colapso” no centro hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, dizem os sindicatos e a Ordem dos Médicos do Norte
Em declarações citadas pela Agência Lusa, Miguel Guimarães, presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, disse que o serviço de anestesia do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que abrange os hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego, está numa situação “claramente preocupante” após a saída, desde Janeiro de 2014, de nove médicos desta especialidade.
Neste momento trabalham 18 anestesistas, mas as necessidades diárias é de 41 profissionais nesta especialidade.
Este problema tem-se vindo a reflectir no desempenho diário deste centro hospitalar com repercussões na ” taxa de cancelamentos de tempos operatórios, e um tempo operatório corresponde a várias cirurgias, corresponde a quatro/cinco cirurgias, que foi em média de 40%”, referiu Miguel Guimarães citado pela Lusa.
A falta de médicos anestesistas está também a provocar, e por arrastamento, problemas em outras especialidades como na cirurgia geral, na urologia, na otorrinolaringologia, oftalmologia e ortopedia.
Os sindicatos (Sindicato dos Médicos do Norte e Sindicato Independente dos Médicos) e a Ordem dos Médicos estão a reivindicar ao governo a resolução urgente desta situação.
Merlinde Madureira, do Sindicato dos Médicos do Norte (SMN), entende que o que se está a passar no CHTMAD “obedece a um plano”.
“A curto prazo têm que sair daqui doentes, que não têm que ser transferidos, e isto tem que obedecer a um plano, não pode ser só incompetência. E esse plano é desarticular do Serviço Nacional de Saúde, transferindo doentes para os privados ávidos de ganho fácil e piorando, com isso, o nosso nível de saúde”, disse a dirigente sindical citada pela
Fonte: www.noticiasdonordeste.pt