Esquadra da PSP de Lamego inundada pela chuva

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia denunciou, esta quarta-feira, as más condições em que funciona a esquadra da PSP de Lamego, sobretudo quando chove muito, como aconteceu na semana passada.
“Basta uma pequena chuva para começar logo a pingar dentro das instalações. Quando a chuva é mais forte, chega até a haver inundações”, disse à agência Lusa José Chaves, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) em Viseu.

As fortes chuvadas registadas no dia 15 levaram a ASPP a denunciar agora a situação mas, segundo José Chaves, ela já se arrasta “há cinco anos”, com infiltrações em várias salas.

“Chegou-se a falar num projeto para fazer obras, mas elas nunca avançaram. Certo é que a situação se vai degradando e cada vez está pior”, lamentou.

A esquadra de Lamego tem cerca de 60 elementos e funciona há várias décadas numa casa cedida pela Câmara que foi adaptada para o efeito.

O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, considerou a denuncia da ASPP “um exagero muito grande”, apesar de reconhecer que, “como não são instalações construídas de raiz, não são 100% adaptadas à função”.

Na sua opinião, a situação da semana passada “foi um problema de manutenção”, uma vez que é preciso regularmente mandar limpar as caleiras, atendendo a que as instalações se localizam numa zona arborizada.

Francisco Lopes disse “as instalações, embora não sendo adequadas à função, são perfeitamente aceitáveis e têm até tido alguma beneficiação”.

“Ainda recentemente fizemos a adaptação dos gabinetes de atendimento, nomeadamente para o atendimento à vítima, para as pessoas terem privacidade, e fizemos um acesso pela parte posterior para não ter degraus”, contou.

Segundo o autarca, apesar de na região ter havido protocolos celebrados entre autarquias e o Ministério da Administração Interna para a requalificação de instalações, o relativo à esquadra da PSP de Lamego “não chegou a ser feito”.

O comandante distrital de Viseu da PSP, Victor Rodrigues, disse à Lusa ter conhecimento da situação.

“Comuniquei ao presidente da Câmara e ele disse que ia mandar lá o engenheiro para verificar a situação e reparar alguma falha”, referiu, acrescentando que nesse dia “houve um grande vendaval e uma chuvada muito forte que afetou não só as instalações da polícia, mas vários locais”.