Após meses de trabalho, está finalmente concluído o processo de conservação e restauro da Capela de São João Evangelista.
Datada do séc. XVII, mas profundamente alterado na primeira metade da centúria seguinte, o retábulo, que apresentava evidências claras de degradação, foi alvo de um processo de desmontagem integral, recuperação de todo o espólio e posterior remontagem.
Dividida entre o atelier e as salas do Museu de Lamego, a equipa da Detalhe, Lda. trabalhou ao vivo, proporcionado uma experiência distinta a todos os que visitaram o Museu este ano, promovendo a sensibilização do público para a importância da preservação do património.
Avaliado nos finais do século XIX em 320$000 réis, este retábulo era o maior e o mais valioso de todos que existiam no claustro de um Convento das Chagas de Lamego que chegou a ser considerado um dos mais importantes e opulentos do norte de Portugal. No entanto, a extinção das ordens religiosas em 1834 acabou por votar o espaço a um fim lento e anunciado, consumado com a morte da última clarissa em 1906.
Juntamente com os retábulos de São João Batista, de Nossa Senhora da Penha de França e de Jesus, Maria e José, o retábulo de São João Evangelista foi trasladado para o Museu de Lamego a instâncias do primeiro Diretor do Museu, João Amaral.