Junta de Freguesia de Penajóia aposta na prevenção das pragas da fruta
A Junta de Freguesia de Penajóia colocou algumas armadilhas nas imediações do edifício da sua sede, com vista à prevenção de algumas pragas que atacam a cereja e outros frutos vermelhos.
Dando continuidade à parceria celebrada com a Estação de Avisos de Entre Douro e Minho e com a Associação dos Amigos e Produtores da Cereja da Penajóia (AMIJÓIA), a Junta de Freguesia de Penajóia procedeu à instalação de algumas armadilhas nas imediações que compreendem o edifício da sua sede, com o objetivo de estudar melhor algumas das principais pragas que assolam a cereja, bem como outros frutos vermelhos.
Com a existência destas armadilhas específicas para atrair pequenas pragas dos frutos vermelhos, torna-se possível para os investigadores da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho efetuar um estudo mais detalhado acerca das novas pragas que assolam a nossa região, com destaque para a “Mosca do Vinagre”, que chegou à Europa no ano de 2009, mas que no ano passado se começou a adaptar ao clima da região do Douro.
Deste modo, as amostras são recolhidas periodicamente por uma equipa da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho que as transporta para Braga, a fim de ser serem minuciosamente estudadas, com o objetivo de se alcançar um solução definitiva para combate e prevenção a esta nova praga nipónica.
Até ao momento já foi detetada a presença de algumas moscas do vinagre na freguesia de Penajóia, nomeadamente na sua zona ribeirinha, tendo já criado algumas mossas na sua produção de cereja. As causas desta praga consistem em pequenas picadelas desta mosca no fruto, deixando pequenos furos que afetam a sua sobrevivência.
A monitorização destas pragas deve ser efetuada pelos próprios agricultores lamecenses, devendo começar um a dois meses antes do amadurecimento dos frutos. As armadilhas podem ser produzidas de forma artesanal, através da utilização de garrafas de água de 1,5 l ou 2 l, que devem ser perfuradas à sua volta por pequenos orifícios (para não se apanharem insetos maiores), devendo conter no seu interior cerca de 100 ml de um composto que pode ser constituído por uma mistura de vinho tinto, vinagre, açúcar e 2 gotas de sabão ou líquido da loiça, atraindo deste modo as moscas para o seu interior, que morrem de imediato.
Devem ser colocadas 2 dessas armadilhas por cada 0,5 hectares, num local desimpedido, e as mesmas devem ser renovadas a cada duas semanas, e, quando removidas, devem ser queimadas, ou enterradas a uma profundidade superior a 20 cm ou então colocadas no lixo em sacos de plástico fechados, para se evitarem fugas.
Fonte: www.facebook.com/pages/Freguesia-de-Penajóia/215125751952545