Helena Sarmento vende disco novo na internet para assegurar edição independente
A fadista Helena Sarmento decidiu vender o seu novo trabalho na internet, antes mesmo do seu lançamento oficial, de forma a conseguir a verba necessária para mais uma edição independente.
Tal como “Fado Azul”, o seu álbum de estreia, o novo disco será suportado pela fadista, em mais uma produção independente.
“Não é fácil, mas assim somos mais livres até na expressão que lhe queremos dar. Essa liberdade tem um preço, neste caso o suporte financeiro”, explicou a fadista à agência Lusa.
O segundo álbum de Helena Sarmento foi colocado à venda “online” há cerca de uma semana, devidamente autografado e a um preço mais reduzido.
“E as coisas estão a correr razoavelmente bem”, disse.
Na sua opinião, o dinheiro destas vendas antecipadas “é um contributo enorme. É uma forma simples de ajudar uma edição independente”.
“Fado dos dias assim” é o “afirmar da continuidade que começou com o disco de estreia `Fado Azul`.
“Essa afirmação é feita com a mesma coerência, mas também com maior evolução: o trabalho é mais complexo e mais rico”, descreve.
O segundo disco da fadista de 31 anos, que tem na advocacia a sua atividade principal, tem 16 temas: 10 deles são fados tradicionais, três são fados originais e os restantes três são `covers`.
Os fados originais incluem um poema do romancista Joaquim Sarmento, que é seu pai. Já as `covers` incluem um tema de Amália Rodrigues e outro de Zeca Afonso, duas das suas grandes referências musicais. A outra “cover” é de Vinicius de Moraes e serve para homenagear a música brasileira, um género musical de que diz gostar imenso.
Helena Sarmento descreve ainda o seu novo disco como sendo “uma homenagem ao Porto”, a cidade onde vive, trabalha e diz sentir-se bem.
Apesar de só ter cantado fado pela primeira vez aos 21 anos, a sua ligação à música chegou cedo. Aos 13 anos era vocalista de uma banda pop-rock chamada `Celpsidra`.
O seu disco de estreia no fado foi lançado em 2011 e, apesar de ter sido uma edição de autor, acabou por ser editado um pouco por toda a Europa, pela mão da Sunset-France, com o nome de “Fado Eternel”.
Fonte: www.rtp.pt