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Novo Hospital de Lamego terá medicina interna, urgência básica qualificada e internamento de doentes agudos

O futuro Hospital de Proximidade de Lamego vai dispor, afinal, de um serviço de medicina interna com 30 camas de internamento para doentes agudos e de uma urgência básica qualificada com o apoio de especialidades médico-cirúrgicas. A garantia foi dada pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, na reunião de trabalho que manteve com o Presidente da autarquia, Francisco Lopes, a 19 de dezembro último, na Administração Regional de Saúde-ARS Norte, tendo o despacho definidor destas novas valências já sido remetido ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A introdução destas melhorias no modelo funcional do novo hospital que servirá a região do Douro Sul vai ao encontro das reivindicações manifestadas durante os últimos anos pelo Presidente da Câmara e pelo executivo camarário, pela Assembleia Municipal, por forças políticas locais, pelos profissionais de saúde e pela população em geral que apontavam a ausência daquelas valências como fragilidades graves do modelo funcional e desconformidade com o programa inicialmente proposto pelo então ministro Correia de Campos, exigindo que o Ministério da Saúde fizesse uma profunda reavaliação deste processo.

A juntar a isto, o secretário de Estado da Saúde assegurou que o novo equipamento erguido junto ao nó de Lamego da A24 vai ser o hospital de referência (preferencial) de cirurgia de ambulatório para toda a área de influência do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e também serão criadas, eventualmente, sete camas reservadas à prestação de cuidados paliativos para doentes graves. Francisco Lopes considera que a partir de agora “estão reunidas as condições adequadas à abertura, no próximo mês de janeiro, deste equipamento tão importante e tão ansiado durante décadas pela população do Douro Sul” e acredita que “apesar do reduzido numero de camas, terá capacidade para garantir uma resposta suficiente aos doentes agudos”. As alterações agora introduzidas foram propostas ao Governo pela ARS Norte, através de Castanheira Nunes, presidente deste organismo, e mereceram a concordância do atual presidente do Centro Hospitalar, Carlos Vaz, que sempre defendera o modelo inicial, com camas de cuidados continuados e não de internamento de agudos.

Desde a génese deste processo, que o Município de Lamego sempre defendeu que o programa funcional publicado pelo ex-ministro Correia de Campos, que previa uma urgência básica qualificada, isto é, com o apoio de especialidades e unidade de cuidados continuados articulada com hospital de agudos devia ser cumprido e que, ao mostrar-se impossível a compatibilização dos critérios de referenciação da rede nacional de cuidados continuados com as necessidades dos doentes de agudos da região, a única solução seria criação de um serviço de medicina interna e a transformação destas 30 camas, em camas de internamento para doentes agudos, em contrário do que até agora estava previsto. “É o mínimo que Lamego pode aceitar”, repetiu Francisco Lopes por diversas vezes.

Para sustentar a urgência da criação de um serviço de medicina interna para doentes agudos na cidade de Lamego, o Ministério da Saúde foi alertado para a grande distância que os utentes teriam de percorrer até Vila Real, local para onde seriam “drenados” este tipo de doentes e sede do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, bem como para o congestionamento que seria provocado no hospital de Vila Real. Uma preocupação agravada pela inexistência de transportes públicos que garantam a ligação entre todo o Douro Sul e Vila Real e pela recente introdução de portagens na A24.

Recorde-se que ao longo dos últimos anos foram desenvolvidas diversas iniciativas para conseguir junto do Governo a melhoria do programa funcional deste novo equipamento. Em abril de 2011, a Assembleia Municipal de Lamego aprovou a realização de uma petição em defesa da criação de um serviço de internamento, uma reivindicação que colheu o apoio de todas as forças politicas locais. Foi também decidida a constituição de uma comissão técnica responsável para a definição de estratégias de readaptação do modelo funcional e a recolha de assinaturas para entregar aos órgãos de soberania.

Na reunião mantida esta semana na ARS Norte com Francisco Lopes, o Governo também se comprometeu a avaliar, em conjunto com a União das Misericórdias, as condições mais adequadas de devolução à Santa Casa da Misericórdia de Lamego e futuro aproveitamento do edifício onde funciona o atual Hospital e assegurar a defesa dos interesses quer do Estado, quer da Santa Casa da Misericórdia de Lamego, proprietária do imóvel.

Com um investimento estimado em cerca de 42 milhões de euros, o futuro Hospital de Proximidade de Lamego privilegiará a componente de ambulatório com o objetivo de reduzir o impacto do internamento na vida dos doentes e das suas famílias. Centrará a sua atividade nas seguintes valências: cirurgia de ambulatório, consulta externa, urgência básica qualificada, hospital de dia e visitas domiciliárias.

Fonte: www.cm-lamego.pt

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